John Fletcher

31/10/2011 21:16

 

John Fletcher
 
Por David R. Smith (texto reduzido e adaptado)
 
Eu creio que foi pela providência de Deus que os meus primeiros anos na vida cristã fossem gastos entre os Metodistas. Porque, embora eu saiba agora que algumas das doutrinas deles não são completamente bíblicas, minha alma recebeu grandes benefícios das coisas que eu aprendi no meio deles.
Refletindo, eu penso que é provável que eu tenha ganho mais perspicácia daqueles Metodistas que partiram desta vida há muitas décadas atrás, antes desses que estão ainda vivos;também é verdade que levei muitos meses para lançar fora a teologia liberal com que o Metodismo moderno me saturou; não obstante, minha atitude presente para a oração e para o evangelismo deve muito às coisas que os Metodistas me ensinaram.
E foi quando eu passei a ler o Diário de John Wesley em 1949 que eu comecei a ser atraído a Fletcher de Madeley. Eu fui trazido face a face repetidamente com comentários sobre a maneira de vida desta pessoa notável, e fiquei enternecido por histórias encantadoras que dizem respeito ao ministério sem igual dele. Na realidade, John Wesley me fez ver que o décimo oitavo século deveu mais a John Fletcher que a muitas pessoas notáveis. Aqui estava um homem que tinha sido esquecido pela cristandade moderna, por ter sido privado de menção pelos historiadores, mas que parece ter mudado o curso de eventos nacionais pelas suas orações e pelo seu zelo. Pareceu-me muito estranho como um tal santo, embora reservado (e assim ele era de fato), devesse ser negligenciado por nós já que ele tinha sido uma tal fonte de inspiração e piedade. As riquezas da história estão além de explicação humana, e às vezes aquilo que deveria ser logo esquecido – é lembrado e exposto à publicidade por aqueles que têm os partidários mais volúveis.
Então,John Fletcher começou a deixar uma impressão profunda neste jovem rapaz, embora a nenhuma distância pequena, e se tornou o assunto de várias ilustrações no primeiro sermão que eu preguei em público, numa pequena capela de Seacroft em Yorkshire, no assunto de oração pessoal. Histórias da vida dele semearam regularmente os meus sermões daquele dia em diante.
O século no qual Fletcher nasceu, estava longe de calma; poderia ser descrito melhor como turbulento. Isto resultou em que ele fosse forçado a suportar muita perseguição à mão de forças pagãs que reinavam à época na Inglaterra. Porém, apesar da oposição que ele encontrasse, ele mantinha uma devoção cristã à verdade e uma compaixão tranqüila por outros. Estas virtudes nobres lhe permitiramsuportar sofrimentos e ganhar a batalha para a fé cristã no distrito municipal de Madeley em Shropshire - a única paróquia na qual ele serviu como o ministro designado.
Nasceu em Born, na Suíça em 1729, e educado naquele país, Monsieur de la Flechere – porque este era o nome original dele – por causa do seu zelo para com as coisas de Deus desde os seus anos mais tenros. Ele era um daqueles homens jovens que não tinham nenhum medo de serem conhecidos como religiosos.
Na sua chegada à Inglaterra em 1750, manteve contato com aqueles de mesma mente. E em St. Albans conheceu uma senhora recém convertida que o encorajou a buscar uma experiência duradoura com Cristo e ele fez disto um assunto de tal importância que se uniu aos perseguidos Metodistas.
Na companhia dos irmãos Wesley e George Whitefield, veio a obter um crescente conhecimento profundo do Salvador. A visão dele de salvação era quase calvinística (se julgada pelos padrões de hoje), mas ele resolveu juntar-se ao grupo arminiano, embora soubesse que estas pessoas tivessem seus pontos fracos quanto à ortodoxia. Talvez ele tivesse conhecido muita ortodoxia morta para lhe permitir mover-se livremente entre aqueles que eram firmes na reivindicação deles da vida eterna, mas que mostravam pouco disto nas suas casas; não há nenhuma dúvida que ele aproveitou toda oportunidade para denunciar a pouco ética no comportamento dos cristãos.
Logo depois da ordenação dele em março de 1757, este agradável jovem, com cerca de trinta anos de idade, apresentou-se a John Wesley como um colega itinerante. Isto foi uma resposta direta de oração e logo fez com que os Wesleys tivessem um grande lugar em seus corações para ele; sua energia, carisma, franqueza, e clareza de pensamento, eram uma grande fonte de encorajamento; e ele esteve reunido aos Wesleys por cerca de três anos.
Então, decidindo que o tempo tinha chegado para exercer um pastorado, selecionou a pequena Madeley como a sua futura casa. Esta não era a única igreja que estava aberta a ele (embora tivesse ficado óbvio que o Bispo de Londres não o quis naquela diocese!).
Durante vinte e cinco anos, desde 1760,Fletcher labutou aqui; odiado, amado, amaldiçoado, adorado, perseguido, e mal-entendido, ele compartilhou o opróbrio das pessoas comuns com paciência notável. Embora houvesse naqueles dias grandes igrejas, muito concorridas, que ofereciam boa remuneração, ele buscou uma comunidade que precisasse dele. O amor pelas coisas materiais que é tão grande no vigésimo século não era desconhecido aos clérigos de nobre nascimento, mas a sua chamada para negar o seu eu diariamente era mais real a ele.
A situação de Madeley era a de uma congregação desamparada, quando ele lá chegou, e somente poderia produzir fracasso absoluto ou vitória completa; mas agradou ao Senhor reavivar o seu trabalho naquele lugar desprezado do seu vinhedo.
Durante o seu primeiro ano lá, este vigário jovem e solteiro conheceu o que é sofrer solidão extrema, e via muito poucas pessoasassistirem aos serviços de adoração. Porém, crendo que o Senhor era fiel, ainda que somente um crente viesse aos serviços, ele prosseguiria em seu posto. Estes dias eram de tal depressão que durante semanas ele lutava e perguntava a si mesmo se estava dentro da vontade de Deus. Sabendo quão ilógico era dar atenção às dúvidas que se aglomeraram no seu interior, que somente poderia perseverar em face de grandes vantagens. Finalmente, depois de meses de oração séria e mesmo na falta do menor sinal de bênção, ele veio a enxergar que este era o lugar onde Deus queria que ele estivesse, apesar da falta de resposta.
Madeley estava cheia de pessoas profanas e ignorantes; e isto era um fato muito óbvio a todos quando Fletcher visitou o lugar antes de assumir a sua paróquia. Qualquer ministro, com mais baixos princípios que este zelote, teria, como ele mencionou, dado a mesma importância ao púlpito. John Fletcher não deixou de pregar contra as mesmas coisas que eram as alegrias diárias dos paroquianos: embriaguez, orgias, e imoralidade geral! Então, nós não podemos ser apanhados de surpresa quando nós lemos que ele sofreu muitos ataques de todos os tipos. Mas a abordagem dele não estava errada, e dentro de dois anos, Madeley havia mudado perceptivelmente.
O que tinha sido uma pequena cidade rural na qual nenhum habitante desejava decência, e onde eram zombadas todas as formas de religião, tornou-se um lugar santo; a igreja ficava cheia para a adoração todos os domingos, de manhã e à noite. Nós só podemos presumir que a pregação dele não se resumia a meras denúncias, mas que foi acompanhada de muita oração e pregação da Palavra. Como Richard Baxter de Kidderminster, e outros, John Fletcher achou o segredo do sucesso no trabalho pastoral.
Sua prescrição para este sucesso parece ter sido uma mistura de oração prevalecente, devoção pessoal para a Pessoa de Cristo, estudo intensivo da Bíblia, preocupação social com o rebanho, e uma pronta disposição para visitar qualquer um que estava em qualquer forma de dificuldade. Ele tinha um canto especial para os seus estudos do qual ele fez o seu local favorito de oração; lá ele se ajoelhou por horas seguidas todos os dias, deixando a marca do bafo de suas orações na parede daquele lugar.
Durante duas noites por semana ele se sentava ali e estudava até o amanhecer, buscando obter um melhor entendimento da fé cristã.
Ele organizou e fez um grande trabalho em favor dos velhos, dos pobres, dos enfermos, das viúvas e dos órfãos.
Ele demonstrou uma compaixão evangélica típica para com as necessidades sociais daqueles que estavam ao seu redor, e sacrificou-se pessoalmente para que a sua visão pudesse se tornar realidade. A sua generosidade era tal que muitas vezes ele usou a sua própria remuneração para atender às suas próprias refeições e manutenção da sua casa, porque usava estes recursos em favor de outros.
Eu recordo uma pequena história que bem ilustra o poder da bênção divina que abundava em Madeley durante o seu ministério: uma senhora que havia se convertido, e que não podia freqüentar regularmente as reuniões da Igreja porque tinha um marido violento. Este homem era um completo pagão e fez tudo o que pôde para manter a sua esposa em casa; ele tinha vindo ao mundo para transformar a vida dela numa miséria.
Um dia ela foi à igreja mesmo estando debaixo de uma ameaça dele de que a estrangularia quando ela voltasse para casa. Mas no decorrer do culto ela temeu retornar para casa.Fletcher que nada sabia deste assunto, estava pregando, mas achava que o andamento do serviço de adoração estava pesado. Ele normalmente não pregava usando anotações, pois confiava somente na sua memória e no Espírito Santo para trazerem as suas anotações à tona enquanto ele pregava. Mas naquela noite ele não pôde se lembrar nem mesmo do esboço geral da mensagem. Sentindo-se abatido por esta situação incomum, de repente ele teve a sua mente cheia de pensamentos de um assunto real diferente. Discernindo que o Senhor estava operando coisas juntamente para o bem de alguém, ele compartilhou a sua ansiedade com o rebanho reunido, e se entregou a este novo sermão.Ele não percebeu o que estava fazendo, mas o compreenderia no dia seguinte, porque aquela pregação sobre a história da fornalha acesa de Daniel, encorajou a mulher a voltar sem qualquer temor para casa, sabendo que nenhum dano seria feito a ela. Quando chegou em casa o seu marido pagão estava triste sobre o chão, numa grande agonia em convicção de pecados, clamando por misericórdia a Deus.
Oito anos após ter assumido o pastorado em Madeley, a Condessa de Huntingdon, pediu a Fletcher que se tornasse o presidente da faculdade recém-fundada por ela para a formação de ministros. Esta não era nenhuma pequena honra porque muitos homens de Deus de renome, como Whitefield por exemplo, eram amigos da Condessa, e que compartilhavam mais estreitamente a mesma visão teológica dela.
Porém todas as formas de honra terrenas parecem ter sido de pouco valor a este homem excepcional. Ele nunca considerava nada somente sob o ponto de vista humano.
Ele recusou aceitar este ofício, a menos que pudesse ser um compromisso de meio período, porque desejava permanecer no pastorado de Madeley. Sabendo quão fácil é para qualquer ministro correr longe dos problemas da vida da igreja, escapando para os confins mais quietos de uma carreira pedagógica, eu admiro esta posição particular de Fletcher. Teria sido compreensível que ele tivesse aceito este convite e colocado sua igreja aos cuidados de outro pastor. Oito anos de trabalho duro são uma boa razão para se dedicar a deveres mais leves. Mas este tipo de lógica não fazia qualquer sentido para este homem generoso de Deus; promoção, vida fácil não tinham nenhum atrativo para ele; porque sabia que devia sofrer com as pessoas. Na realidade, mais tarde, quando o rei o constrangeu a aceitar um ofício clerical elevado em Londres, ele respondeu sucintamente que não desejava nada além do que mais graça.
A Condessa se rendeu às condições de Fletcher, e ela não poderia imaginar a época de bênçãos que se seguiriam a este compromisso. Os alunos confessaram que eles não sabiam, às vezes, se eles estavam neste mundo ou no próximo. Havia dias em que passaram longas horas não fazendo nada diferente de buscar a face do Salvador. E havia ocasiões que eles se dedicavam ao seus estudos durante todos os dias da semana. E as visitas do presidente da faculdade eram tempos de visitação pentecostal; de confissão voluntária de pecados, de reuniões de quebrantamento e de orações maravilhosas, e isto era a ordem natural do dia. Este comportamento poderia parecer estranho àqueles que sabem que John Fletcher era contrário a extremismos e tão dado a lutar pela necessidade de cada aluno se aplicar aos estudos. (Entretanto, quem pode ou deve resistir às manifestações sobrenaturais do Senhor da Igreja, tal como fizera no dia de Pentecoste em Jerusalém com os apóstolos? – nota do tradutor).
Considerando que a faculdade tinha professores bastante competentes, Fletcher assumiu a posição de pastor visitante que deveria encorajar os alunos na sua fé. Conhecendo os problemas práticos que eles encontrariam nas suas Igrejas, ele considerou que eles teriam necessidade de um conhecimento mais íntimo do Filho de Deus. Ele lhes urgia a buscarem a Deus para que pudessem se tornar participantes das promessas divinas, e serem cartas vivas do poder do Todo Poderoso.
Durante este período da sua vida ele esteve longe, por vezes, do seu próprio púlpito aos domingos. Foram feitos arranjos para que alguns pastores itinerantes de Wesley suprissem a sua ausência.
Embora eles não fossem tão eloqüentes quanto ele, e apesar de suas ovelhas não desejarem nenhum outro ministro conduzindo a adoração que não fosse o próprio Fletcher, ele instruiu a sua congregação que eles fariam bem em ouvir pastores mais aceitáveis do que ele, quando a ocasião o permitisse. Ao contrário de tantos que se recusam a desocupar os seus púlpitos, por temerem que um homem melhor pudesse assumi-lo durante a ausência deles, Fletcher considerava os demais pastores melhores do que ele.
O refrigério espiritual que havia continuamente na Faculdade de Trevecca sob a presidência de Fletcher teria permanecido indubitavelmente se não tivesse havido uma amarga controvérsia nas sociedades metodistas. Embora esta divisão teológica estivesse em efervescência durante vários anos, foi somente em 1770- que aquele fermento foi visto. Agora, é fácil para nós vermos aquela falta de sabedoria, de espíritos não graciosos. No calor das diferenças tal diagnóstico tranqüilo seria impossível. John Fletcher fez o seu melhor para consertar as brechas e curar as feridas; mas a sua luta, entretanto, louvada por todos os interessados, foi de nenhum proveito, porque os espíritos estavam inflexíveis e Fletcher foi achado no outro lado da controvérsia da Condessa de Huntingdon e foi obrigado a renunciar.
Este foi um momento triste para ele, e um choque do qual a faculdade quase não se recuperou; porém, era uma questão de princípio, e a renúncia não pôde ser evitada. O seu rebanho de Madeley recebeu as notícias com tanta alegria quanto os estudantes de Trevecca as receberam com lágrimas.
John Fletcher estava pouco disposto a se pronunciar sobreassunto até que ele estivesse seguro dos fatos. Quando ele tinha se assegurado completamente sobre a verdade, foi que ele sentiu confiança de que poderia proclamá-la. Tal zelo, acrescentado às habilidades naturais dele, o fez se tornar um escritor prolífico. Como resultado disto, nós podemos ainda ver quão graciosamente um homem pode falar dos seus oponentes e de hereges. Todos os seus folhetos,sermões, e teses, são escritos com amor invencível e a cortesia mais nobre; os ataques francos dele às heresias principais da sua época (inclusive unitarianismo) eram obras-primas de clareza, verdade e afeto incomum para as almas desses mergulhados em mentiras. Em vez de fazer os inimigos teológicos dele se sentirem pequenos (que é a característica deste século), ele lhes fez falou do seu querido Salvador. Esta aproximação fez com que algumas destas pessoas que estavam apegadas à mentira buscassem entender melhor a Bíblia. Eu lamento por isso que o trabalho de Fletcher não seja mais lido do que tem sido, porque as controvérsias poderiam morrer mais rapidamente se as personalidades cristãs envolvidas tivessem o exemplo de Fletcher para nele se apoiarem.
Sua imutável atitude para com o dinheiro e toda forma de riqueza mundana, deve ter parecido incompreensível aos seus contemporâneos, porque ele sempre se mostrava muito indisposto às ofertas de confortos e luxos.
Fletcher esteve casado somente por três anos e nove meses, porque sua esposa morreu.
Ao longo de toda a sua vida ministerial, ele teve um poder espiritual notável pregando; há pouca dúvida que ele fosse ungido com a unção divina e com o poder do Espírito Santo. A sua congregação regular cresceu rapidamente, e as lágrimas eram muito comuns tanto em velhos quanto em jovens durante os serviços de adoração. Aonde quer que ele pregasse, às vezes as congregações não puderam se dispersar por horas depois da sua pregação ter acabado, por causa do desejo mútuo pela graça divina que se seguia ao arrependimento.
Tão poderoso e eloqüente pastor era Fletcher que John Wesley afirmou repetidamente que era ele, e não George Whitefield que deveria ter tal fama nacional. Wesley não disse isto levianamente, porque tivesse uma consideração maior por Fletcher do que por Whitefield; ele estava avaliando os fatos de um modo lógico, e emitiu a sua própria opinião. Na realidade, Wesley foi mais adiante e colocou em registro o constante desejo dele que Fletcher fosse o líder do movimento metodista, depois da sua morte. Ele não sabia que ele sobreviveria ao seu colega, por seis anos, apesar da diferença das idades deles.
O ministério de Fletcher, com seu efeito poderoso na população causou um ciúme crescente nas relações dele com os pastores vizinhos. A reação deles para a bênção divina em Madeley em vez de louvar a Deus pela mudança, e agradecer a Fletcher por trazer um novo espírito à área, levou-os a criticarem o ministro não desejado. Eles se reuniram e fizeram uma reclamação oficial sobre ele de que estava causando divisões. O argumento deles era que a recomendação regular dele para um viver em santidade transtornou alguns comungantes de Madeley porque eles não podiam assistir aos serviços de comunhão. Desde que este povo era considerado membro da igreja local, em virtude do seu batismo, e desde que Fletcher havia feito com que eles deixassem a comunhão da igreja por causa da sua pregação, então ele estava dividindo o corpo de Cristo.
Fletcher achou que era insensato tentar discutir com pessoas sobre assuntos espirituais se elas não nascessem de novo; assim não tentou convencê-los que ele tinha razão, e por isso desistiu de emitir cartas com auto justificação, e suportou a perseguição humildemente.
As cartas que ele escreveu por via de resposta às missivas ofensivas que recebeu, eram as comunicações mais ternas. No tempo devido, os seus inimigos aprenderam a respeitar a sua atitude religiosa para com todas as coisas.
Algumas vezes as suas pregações continham expressões verbais proféticas de qualidade apostólica. Pregou com grande precisão, numa certa ocasião, sobre a Revolução Francesa, ainda por ocorrer, e esta não começou a acontecer senão somente depois de quatro anos da sua morte.
Noutras ocasiões, ele era usado para a cura de um paroquiano. Há muitos casos de curas notáveis em registro, mas ele sempre se assegurou de pregar o conteúdo inteiro do Evangelho a estes que eram curados. Ele nunca ofereceu cura ou salvação como se ele fosse o autor de tal bênção.
Quando foi descoberto que ele estava sofrendo de tuberculose, ele permaneceu tão tranqüilo quanto dantes. Em vez de descansar ou fazer o papel de paciente, ele foi numa excursão de pregação na Suíça para compartilhar com os seus compatriotas as coisas que Deus tinha lhe mostrado nos anos recentes. Ele suportou o sofrimento da mesma forma que suportou o engano; porque apesar da sua natureza sensível, ele era capacitado por Deus a permanecer tranqüilo em toda crise.
A sua morte em 1785, à idade de cinqüenta e cinco anos, foi intempestiva e prematura; ele tinha vivido como uma chama de fogo, mas tinha queimado mais depressa do que o esperado; e o país inteiro foi entristecido pela perda. John Wesley prometeu escrever a história da vida dele assim que ele pudesse fazer isto, de forma que as experiências deste homem pudessem ser fixadas para a posteridade. Um ano depois, à idade de oitenta e três anos, a tarefa havia sido completada. Naquele manuscrito o grande Wesley escreveu: “eu nunca conheci alguém tão uniforme e completamente dedicado a Deus... nem espero achar outro igual neste lado da eternidade.”.
Se ele tivesse vivido um pouco mais ele teria sido o principal instrumento na fundação de uma igreja metodista oficial. Qualquer tipo de divisões em companheirismo na Igreja era detestável a ele, contudo ele tinha escrito já em 1775 que a divisão entre anglicanos e metodistas seria inevitável e necessária. Isto não significa que ele adotou ideais separatistas, nem que ele recusou ver qualquer outro ponto de vista; significa que ele veio a ver a necessidade por ou uma reforma completa da igreja estatal, com um conseqüente revisão do missal e doutrinas, ou por um corpo evangélico separado. Ele estava à frente do seu tempo tanto a este respeito como em outros assuntos; tais sugestões, quando ele as fez num dos seus muitos manuscritos, foram bastante aceitáveis. Porém o tempo veio quando a fratura estava forçada nos Metodistas através das circunstâncias. Isto resultou num matadouro de divisões e divisões que teriam quebrado o coração de Fletcher. Se tal ação fosse necessária, deve ser fundada no tipo de princípios bíblicos que ele havia defendido; e não cisma fundado em decisão precipitada ou ambientes que conduzirão depois a dificuldades. É triste que os seus colegas não dariam atenção a Fletcher, ainda que eles tivessem tempo para fazê-lo. Eles teriam se salvado de muitas dificuldades tomando nota das sábias deliberações dele.
É minha opinião que os crentes de hoje não sofreriam nenhuma perda se eles tivessem o mesmo amor, graça, e clareza de pensamento que tiveram os companheiros diários do Reverendo John Fletcher.
Eu espero que este livro terá aberto o apetite do leitor para obter uma cópia da história da vida deste homem notável e ler adiante os esforços literários desta santificada caneta.
Dr Oswald J. Smith reduziu a História de Fletcher a um tamanho útil e a juntou ao Diário de Daivd Brained. Este título interessante está publicado pela Marshall, Morgan e Scott London.

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